12/28/2008

Feliz Ontem Novo


Domingo a tarde. Dia chuvoso, frio. Cansei de tocar violão, meus dedos estão completamente feridos.
Eu estava aqui pensando, como minha vida é uma loucura. Todo dia, uma novidade. A verdade, é que estou cansada de ficar em casa, queria mesmo é estar estudando. A verdade, é que eu gosto de ter minhas coisas, meus cadernos, meus livros. Meus textos [acho que vou sentir falta de Jornalismo]. O mais interessante, é que minhas aulas começam daqui um mês e alguns dias.

Mas sabe, não sei ao certo o motivo de eu estar escrevendo nesse blog hoje. Hoje não é um dia com marcação no calendário, não é Natal, nem Ano Novo. Mas foi um dia legal. Me senti bem comigo mesma.

E, enquanto eu estava assistindo a Retrospectiva 2008 que a Globo repassou na Globonews eu percebi quantas bárbaries aconteceram no mundo, esse ano. Quanta morte, quanta fome, quanta chuva! Quanta tristeza, alegrias. Quanto esporte, lutas. Quatas medalhas! Quantas derrotas. Sabe, o mundo é meio parecido com a minha vida, cheio de novidades! A diferença é que pra se ser uma novidade no mundo é necessário possuir grandeza na notícia, fazer algo grande. Na minha vida não, na minha vida basta possuir detalhes.

Relembrar o quanto aprendi com os sorrisos, as lágrimas. Relembrar, o quanto cada amigo por mais longe que esteja, agora, marcou minha vida com seu timbre de voz. Relembrar que cada professor que passou por mim, ensinou mais do que ler, escrever, contar ou raciocinar, eles me ensinaram a conviver com cada um, independente da idade, do estilo de vida, da sabedoria, das características...

Pensar que sei lá, às vezes o céu fica nublado, como hoje, não para nos entristecer ou para dormirmos... Mas para refletirmos.

E se o ontem formou cada detalhe do que eu sou hoje, viverei mais dele. E construirei mais 'ontens' cheios de lembranças.

Se parássemos para pensar na importância de cada dia, no valor de cada abraço, no poder de cada amigo, cada sorriso, estaríamos mais preparados para os dias nublados. Se tivéssemos uma pequena noção de que nada, mas nada mesmo, foi em vão então, ao chegarmos no fim da vida, perceberíamos que vivemos uma vida cheia de erros, mas com uma alegria grandiosa, porque só com muitos erros, os acertos são enxergados e valorizados.

Sei lá, hoje percebi o quanto é muito mais valioso o que sentimos de verdade, do que o que dizem que devemos sentir. Percebi o quanto é muito mais importante termos nossa opinião formada, do que vivermos nos apegando a opiniões alheias, o importante mesmo é ser você! Com suas idéias, com seus momentos... Muito mais importante do que a ciência são os fatos que o coração descobriu.

Que ao pensar sobre o ano que vai começar, que você pense menos no que pode se tornar e mais no que você já se tornou. Lembre dos amigos que te apertaram contra os braços, que dançaram com você, que beberam, riram, se divertiram com você. Que você perceba o quanto cresceu de uns anos pra cá, quantas palavras novas você já descobriu, quantas comidas você já provou, quantos presentes já ganhou. Que você seja grato pelo que as pessoas ter feito por você, pelo que elas tentam fazer, mesmo que falhem às vezes. Que você enxergue como a tolerância o ajudou a chegar mais longe, e o quanto a ignorância te impediu de fazer novos amigos, conhecer novas culturas.

E que o seu futuro, seja repleto de ontens. Ontens com erros, com tropeços... Mas ontens cheios de recomeços!

É isso que desejo, de verdade!

Que você tenha um feliz ontem novo!

Cheio de novidades, não como as do mundo... mas como as da vida!
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