10/14/2011

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De tristeza mal feita escorriam as lágrimas
Era um misto entre a dúvida e o abstrato.

Não sei se você entenderia.
Mas tinha uma coisa, uma coisa de alma assim.

Em busca do controle
Em busca da perspicácia.

Um cansaço, uma esperança.
Quase antônimos.
Quase solitários.

Era aquela fase sabe?
Em que se quer ser criança,
Mas é adulto.
E não aquela em que quer ser adulto
Mas é criança.

Aquela fase que não acabava.

Porque no fundo, a verdade era uma:
Tudo era como antes. Nunca mudou.

Sempre foi assim
Sempre seria.

E no fim eram os olhos a janela da alma.
Mas não dá pra espichar os pés, e espiar por cima, meio escondido
Pra saber mesmo, só pulando para o outro lado.

No profundo.

Atravessando o brilho
E entrando no que era desconhecido.
Sozinho.

Aquele jardim, borrado com o fim da tarde, com flores desconhecidas, grandiosas silhuetas de árvores...
E aroma de alma.

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