Roda das Cores: Quero me esvaziar

1/14/2010

Quero me esvaziar - Nívea Soares

Quero me esvaziar de mim

Eu quero me esvaziar da religiosidade

Quero me esvaziar de mim

Eu quero me esvaziar de todos os meus títulos

E de tudo o que me afasta de Ti, Jesus

Quero me esvaziar de mim,

Eu quero me esvaziar das dores e desilusões

Quero me esvaziar de mim

Eu quero me esvaziar da prisão do passado

E de tudo o que me afasta de Ti, Jesus

Aonde eu irei Senhor,

Pois só Tu tens as palavras de vida eterna

Onde me esconderei,

Tu és o ar que eu respiro, Tua presença me atrai

Inunda-me com teu amor

Transforma-me com teu amor

Atrai meu coração a Ti, Senhor

Move-me com Teu amor

E usa-me pra o Teu louvor

Ensina-me a ouvir o Teu coração...

(Eu quero apenas o Senhor, Jesus.)

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Sobre coisas que gosto de escrever e personalidade

Geralmente escrevo aqui aquilo que me vem na cabeça. Tudo que arquivo no blog são sentimentos momentâneos - coisas que surgem dentro de mim de repente. Não gosto de remoer palavras - prefiro remoer sentimentos - mas nunca palavras.

Palavras foram feitas para serem jogadas ao léu. Jogadas no papel, postas para fora.

Sou metódica ao máximo quando escrevo. Melosa. Gosto de falar de bons sentimentos, graça, poesia, romance... Mas ao mesmo tempo detesto escrever com métrica, rima bem feita. Adoro o estilo rascunho que as palavras podem ter -meio jogadas - aparentemente mal feitas. Gosto do jeito "reflexão" que as palavras podem transmitir. Desse jeitinho que só elas possuem de nos fazer pensar sobre tudo... sobre quem realmente somos...

Não posso negar que gosto de mistério: de enigmas, de joguinhos com as palavras - eu simplesmente não sei lidar com elas dessa forma -, mas admito que apesar de não saber usá-las assim: adoro saboreá-las quando caem no meu prato dessa maneira, crua, sem rebuscos, grossa... Afinal de contas, nunca devemos desfazer do que os outros escrevem (quando escrevem com dignidade) mesmo que não concordemos muito com tudo aquilo. É horrível quando as pessoas, de tão acizentadas que são, resolvem desfazer dos nossos poemas, palavras ou textos...

(Nunca me diga que meu texto poderia ter um final melhor, ou mais métrica, mais rima. Nunca diga que não entendeu nada e que esperava mais. Isso dói. Dói lá no mundo das palavras que o poeta outrora já definira. Dói no meu ego inflamado, pelo único dom que eu, talvez, tenha recebido - ou ao menos penso que recebi. Não fira o ego de um escritor ou aprendiz. Textos representam um pedaço de si, um pedaço de sua vida, aberta ao público.)

Mas sou romântica por natureza.

Gosto de falar sobre aquilo que traz cor ao dia.

Apesar do Blog ser cinza: roda das cores são as palavras que nele estão, são elas que tentarão, de alguma forma, serem coloridas, meio no abstrato assim...

Simplesmente escrevo, para dar cor. Sei que algumas pessoas são cinzas por natureza - nada as colore. Nem mesmo as palavras. Mas depois de escrita, elas deverão cumprir o seu papel. Deverão florescer.

Se não florescer, ao menos a semente foi lançada.

Cada um cultiva seu próprio arado.

Laís Schwarz

No final das contas, eu acho mesmo que ainda não cheguei. E a verdade é que eu sinto que vou, só não sei quando, nem como, nem o que terei que passar para isso. Mas quando eu chegar, se prepare porque haverá alegria, as dúvidas vão embora, e o calor vai chegar. O que outrora foi pranto, já não mais será. O que foi chuva se transformará em renovo. O que foi guerra será paz. Mas eu só peço uma coisa: que me espere. O quanto for necessário. Porque um dia eu estarei lá. E você vai entender, pelo meu sorriso simples mesmo, que o que sinto é real. Não sei como e desconheço a rota. Mas sinto o alvo próximo. Sou guiada pelos sentidos. Pelo encanto, pela mágica da vida. E eu prometo que quando disser que amo é porque é real. Não me entregarei mais ao luxo de mentir para mim mesma. Você saberá que é real. Porque vai ver nos meus olhos. E as almas não estarão mais sozinhas. E tampouco serão almas, serão alma. Sim, no singular.