10/19/2009

A Grande Construção e uma Simples Mensagem


"Por que vocês me chamam "Senhor, Senhor" e não fazem o que eu digo? Eu vou mostrar a vocês com quem se parece a pessoa que vem e ouve a minha mensagem e é obediente a ela. Essa pessoa é como um homem, que quando construiu uma casa, cavou bem fundo e pôs o alicerce na rocha. O rio ficou cheio, e as suas águas bateram contra aquela casa; porém ela não se abalou porque havia sido bem construída. Mas quem ouve a minha mensagem e não é obediente a ela é como o homem que constuiu uma casa na terra, sem alicerce. Quando a água bateu contra aquela casa, ela caiu logo e ficou totalmente destruída."
Lucas 6:46


Já faz um tempinho que eu estava querendo falar sobre algo que eu venho observando esses dias.

Todos os dias quando faço o caminho para pegar o ônibus passo em frente a um terreno.

Esses dias atrás o terreno estava completamente vazio, e hoje, como se num piscar de olhos, já possue uma construção quase acabada.

Lembro-me que todos os dias passo lá na frente e cada dia que se passa algo novo acontece. E às vezes eu não noto algo novo, mas com o passar dos dias a junção de todos esses 'algos novos' acabam transformando-se em 'algo inteiro, completo e visível'.

Sabe, de alguma forma Deus tem falado comigo através dessa situação. Pode parecer simples, mas eu acho que é justamente assim que Deus fala conosco, através das coisas simples.

Por um momento eu fiquei pensando: talvez todas as nossas relações, com as pessoas, com a profissão, com a faculdade, casamento, filhos, dinheiro, com Deus, são construídas aos poucos.

Algumas pessoas dizem que Deus está em primeiro lugar nas suas vidas. Mas na minha vida ele não está em primeiro lugar. Ele está no CENTRO. Ao redor estão todas as outras coisas.

É como se ele fosse o cimento que firma os tijolos, sabe? Cada tijolo é uma área da minha vida, Deus precisa estar presente em todas as áreas, dando solidez e firmeza para que a construção, simplesmente, não despenque.

E o alicerce é a sua palavra, a Bíblia, os seus ensinamentos...

É isso, sabe?

Construir a nossa vida sobre os ensinamentos de Jesus, pôr em prática, colocando ele em todas as áreas, todos os tijolos que fazem parte dessa imensa construção: a vida.

E, às vezes, parece não enxergarmos as coisas. São detalhes que às vezes passam sem serem notados. Pequenas coisas. Pequenas situações. Mas quando chegamos lá no fim veremos a bela construção que se formou.

Uma construção baseada na confiança em Deus. Confiar, se jogar nos braços do Pai e crer que Ele tem sempre o melhor para nossas vidas.

Porém o contrário pode acontecer. Se fizermos uma construção de qualquer jeito... Jogando muito mais água, ou muito mais cal... as coisas simplesmente não acontecem. A construção fica mal feita, se desintegra... Mais pra frente surgirão rachaduras, brechas, e às vezes até destruição.

Assim também é a nossa relação com as pessoas, se não colocamos Deus COMPLETO nas nossas relações com elas, se não sabemos firmar os tijolos da maneira correta, se não medimos as nossas ações, se deixamos as coisas como estão, o casamento como está, a relação com os filhos como está, as coisas vão tornando-se cada vez piores. E, infelizmente, chega uma hora que a casa, literalmente, cai.

Talvez seja a hora de algumas reformas na sua casa. Tampe as brechas, remova as rachaduras, conserte os vazamentos, limpe o sótão... aumente sua casa, coloque mais tijolos, mais cimento...

Às vezes a tarefa é árdua, às vezes precisamos destruir toda uma estrutura e recolocá-la novamente no lugar, com a dose certa de cimento, com a posição correta dos tijolos. Mas, algo que tenho aprendido, é que uma vida com Jesus sempre nos dá uma segunda chance.

Inove, Renove! ;) Tenho certeza que no fim, sua casa será explêndida. E o principal: Você terá a felicidade... E como já dizem por aí: O IMPORTANTE É SER FELIZ!

Bom, essa era a minha mensagem de hoje. :)

Com toda história lembrei-me de uma musiquinha que eu cantava na escola dominical quando era criança, era assim:

"Não não construa sua casa na areia
Não não construa na beira do mar
Mesmo que pareça chique é impossível que ela fique
A tempestade a vai derrubar

A rocha é um lugar de construir
Com alicerce forte que não vai cair
As tempestades vão e vem
Mas a paz de Cristo tu tens." :)

10/15/2009

Feliz dia dos professores!





Já faz um tempo que não passo por aqui. Tinha escrito um texto no dia das crianças, mas a internet lá de casa caiu, e depois já não tive mais tempo.





Bom, no mais tá tudo bem. As coisas andam bem. No dia das crianças fiquei pensando em como era bom quando eu era criança. Porque bastava imaginar para acontecer, agora, imaginar não é o suficiente.




Enfim, senti saudade. Não que eu seja mau agradecida, pois o momento que tenho vivido também é muito bom, e sei que um dia sentirei falta dessa fase também. Mas não há nada como ser criança. É como se vivessemos em outro mundo, com outras pessoas. O quintal parecia o triplo do que ele é...




De qualquer forma estou feliz.




Aliás, hoje é dia dos professores.
Fiquei lembrando de quantos deles já passaram por mim. Apesar de não conseguir lembrar da minha primeira professora, consigo me lembrar das minhas professoras do C.A até a 3ª série de um jeito muito bom. Foram professoras que me ensinaram muito mais do que matéria, me ensinaram a ser humana.
Plantávamos na horta da escola, cuidávamos dos animais do viveiro, demos nomes às árvores do pomar, cada aluno tinha a sua. Era uma escolinha pequena, mas aprendi tanto lá. Chamava-se O Pequeno Bandeirante. Nossa, que saudade que me deu agora!
Professora Aurora, lembro dela como se fosse hoje: Cabelos pretos, longos, pele branquinha... Parecia tirada de livros de história. A Tia Paula, cabelos enroladinhos, toda eufórica, alegre, sorridente. Éramos 8 alunos... Por isso agíamos mais como irmãos.

Logo, vim pra Campo Verde. Nem preciso dizer o quanto gostava da Tia Penha e da Tia Marli. Quantas coisas já aprontei. Em um dia dos professores cantamos uma música da novel Carrossel pra elas, dizia assim: "Professora que corrige os erros meus, me ensina o que é te amo, mas não me ensina o que é adeus." Choraram feito loucas. Hahaha! Também me lembro com muita saudade da Professora Cláudia, por quê será que sempre tive mais afinidade com professores de português?



No Ensino Médio me deparei com muitos professores muito divertidos! Quem esquecerá a eterna Edione? Seus exemplos mais cabulosos serão inesquecíveis. O Ronaldo nem precisa dizer...




Quando cheguei em Campo Grande me deparei com Cabreira, Paulão, Tiriricaaaaaaaa (Saudades!!!!), Ivie, Georgeeeeeees (machooo demaissss!), Dumas!!!! Mauro, Thander Cat, Edilson...




Gente do céu, sem palavras pra definir esses professores aí. O Cabreira com sua eterna teimosia (ainda tive que aguentá-lo no jornalismo), mas com um caráter imenso. Gostava de me provocar, ria das minhas graças. Acho que posso dizer que construí com o Cabreira uma amizade. :) Nunca pensei que diria isso um dia, mas eu sinto falta dos gritos ensurdecedores do Cabreira. O Cabreira pode não saber mas me ensinou muita coisa, principalmente a ser tolerante. Me ensinou a lidar melhor com os meus erros, pois sempre fui muito orgulhosa quando se tratando de erros de português, textos mal escritos. Ele sempre chegava e dizia na lata que o texto não estava muito bom, e nos corrigia sempre que falávamos algo errado, como: "Tipo assim, eu acho, através disso"... Com o Cabreira aprendi a medir melhor o que escrevo e como escrevo.
Lembro-me do primeiro dia de aula no terceiro ano, eu respondi a uma pergunta dele, ele olhou pra mim e disse: - Ei, qual é o seu nome?! - Eu espantada respondi: - Laís! - Então ele respondeu: - Com acento ou sem acento? - Aquele foi o nosso primeiro contato.
Depois disso eu gostava de enchê-lo falando sobre músicas sertanejas, falar 'tipo assim'... :)
Sinto falta de você, Fessor!




O Paulão, o homem dos olhos coloridos. Ele tinha um olho azul e um olho verde. Apesar de ele ter sido um professor super maleável e divertido no 2º ano, confesso que no terceiro ano ele tornou-se mais ditador nato. Tornou-se vice coordenador. Havia uma galera que dizia -Heil Hitler!- quando ele entrava na sala.




Tirica, gente. Parecia demais! Nunca conseguimos fazê-lo cantar Florentina. Ele prometeu várias vezes que se todos fizéssemos os exercício em 10 minutos ele cantaria, nós fazíamos mas ele não cantava. Fazia muita graça, ensinava química. Os pais queriam que ele fizesse Direito, mas ele queria Farmácia.




A Ivie, toda doce. Explicava tudo com aquele jeitinho de mexer com as mãos. Amava o S que ela fazia no quadro. Professora de Biologia. Sempre nos dava uma mãozinha com os coordenadores, trabalhos, aulas...




Haha! O Georges... Quem nunca fez fila no corredor pra entrar na sala dele? Se não entrássemos em fila ele nos colocava pra fora e gritava como um general: Fazer fila, dar uma volta no corredor... O povo ficava olhando pela porta a gente passando em fila... E quando o ar condicionado estava quase nos transformando em iglus? Algum louco pedia para aumentar a temperatura e ele gritava:


- SALA!!! MACHO SENTE FRIO?


-NÃO PROFESSOR (eles respondiam em coro).




Dumas, pra você ter uma noção, ele foi professor do meu pai quando meu pai tinha a minha idade, ou seja, o Dumas é o monumento mais histórico da MACE. Ele parece o patrão do Simpson, eu não me lembro o nome dele. Seu ideal era IGUALDADE, FRATERNIDADE, LIBERDADE. Se você piscasse na aula dele, era mandado para fora. Ele perguntava coisas sobre matemática pra você, se você não soubesse era humilhação geral. Humilhava mesmo. A única vez que ele me perguntou algo eu sabia responder por SORTE!!! E ele olhou e disse: Essa é uma garota que estuda. (Não tinha idéia da matéria dele!). Dumas era bravo, mau-humorado, carrancudo... e inesquecível! Para ele a vida é um triângulo. Ele vivia dizendo isso: A vida é um triângulo. Levava a Maçonaria muuuuito a sério. E tudo era matemática pra ele. Direito era curso de gente burra. Ele dizia isso. Matemática é para os inteligentes, engenharia, física e essas coisas. A área de humanidades era pra débeis mentais, para pessoas que tinham preguiça de estudar.




O Mauro eu nem tenho o que dizer. Eu ria tanto, que sem brincadeira e me desculpando o termo, eu quase mijava nas calças. Meu pai!!!!!!!!!!!!!!!!!! Ele fazia muita graça, tudo, tudo, tudo era graça... fazia piada sobre coisas mirabolantes. Criativo à beça.


Nossa, o Mauro é inesquecível.



A ThunderCat era uma professora de Inglês, que eu não tenho muito o que falar depois que você leu o apelido.




O Edilson e sua eterna piadinha do kibe: "O cara chegou na rodoviária e pediu pro dono da lanchonete - quero esse kibe - o cara colocou a mão dentro do vidrinho abanou as moscas e disse - não é kibe é enroladinho. "


O pior, ele "contava" em russo, inglês, espanhol e por aí vai... Todos os dias tinha que contar.




Ah! Foram tantos... :)




Agora tenho os da facul, eterna Márcia Gomes, Santim, Aurélio, Maria Izabel... Professores cabulosos, divertidos...




Acho que já escrevi demais. Só queria agradecer a cada um deles, mesmo sabendo que eles não lêem isso... Mas a verdade é que eles passam por nós, nos ensinam tantas coisas... e depois simplesmente somem. São pessoas que não deveriam ensinar-nos a amá-los tanto sabendo que vamos nos separar um dia... :p Mas eles ensinam, mesmo sem querer.




Meus Parabéns professores... ! Principalmente aos meus professores... Cada um deles.


Obrigada por compartilharem comigo aquilo que sabiam, e obrigada por me ensinarem coisas que vão muito além da razão (é Dumas, até você conseguiu!).




Obrigada!!




"Professora, por que é que tem que ser assim? Um ano ensina tudo e no outro separa de mim. Professora, que corrige os erros meus, me ensina o que é te amo, mas não me ensina o que é adeus."




xD


=*

10/02/2009

Confiança


Essa noite eu tive um sonho.



Sonhei que subia uma montanha, uma colina. Uma colina muito estreita e alta. Escorei em uma pedra no topo da colina, e lá em cima me esperava um indescritivelmente lindo cavalo branco, eu subi no cavalo e desci a colina novamente, mas dessa vez galopando. E apesar do medo de cair da colina estreita, eu confiava no cavalo. E eu senti liberdade. E a liberdade era muito boa.