O curioso caso de Benjamin Button

Tenho que admitir, me apaixonei por todo aquele mistério proposto pelo filme O Curioso Caso de Benjamin Button. Adorei a versão romântica que deram ao filme (porque o livro é totalmente racional e sem profundidade de emoções, além do Benjamin nascer velho, com 1,70 de altura, falando, fumando, choramingando...) Mas o filme... Ah! Me apaixonei pela história.

Será mesmo que seria melhor nascermos velhos e morrermos bebês? Deixando as memórias desaparecerem de dentro de nós, então, na verdade, os filhos cuidariam dos pais e a vida toda teria que regredir. A criação, o mundo.

Sei lá, essa conversa em algum ponto parece bem 'viajada', né? Mas fica aí a deixa pra um filme de fim de semana que fará você pensar em algumas coisas interessantes da vida. :)

Não sou muito a favor da ideia de nascer velho e morrer bebê (muda alguma coisa eu não ser a favor?), mas achei muito interessante a frase de Charlie Chaplin:

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade. Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?"
Charles Chaplin


-> Mas se isso acontecesse com todos, eu já não teria mãe para voltar pro útero (porque ela ja teria regredido também), conseqüentemente eu viraria um sêmen perdido de um orgasmo que nunca existiu... :/ Ou seja, eu viria a ser nada, simplesmente um sêmen perdido pelo mundo.

Engraçado, e cabuloso também...
:D