5/30/2010

Lost in Lost


Ok, depois de passado o baque pósúltimoepisódiodelost, aqui vou eu aos comentários.

"A consequência sofrida no transporte temporal de consciência, de acordo com a explicação de Daniel para Desmond, é que esta necessita a identificação de uma constante, algo existente em ambos períodos da viagem no tempo que possa servir como âncora para estabilizar a consciência; Daniel chora por razões que ele não sabe dizer.falhar em achar uma constante resulta em instabilidade de consciência, levando à um estresse que conduz para uma aneurisma cerebral e eventualmente à morte. Em algum ponto, Daniel identifica Desmond como sua constante, anotando em seu diário."

Na vida, vida-pós-morte a constante entre todos eles é DESMOND.
Eles precisam de outro elo comum que os ligue em vida e pós-morte.



Bom, tirando o fato de terem criado uma temporada inteira que nada tem a ver com os anos anteriores de Lost, um fechamento que ao contrário do que os produtores dizem não fechou o ciclo.
Simplesmente isso: O ciclo não foi fechado.

Nunca saberemos realmente o que era a ilha. Eles disseram que não queriam falar sobre o que realmente é a ilha para que cada um tire sua própria conclusão a respeito disso. Mas afinal de contas, quando é que nós criamos algo sem saber qual é o seu significado?

Sem dúvidas, o final foi interessante. Mas veio mais com cara de episódio final da temporada do que como episódio final da série. Isso foi frustante.

Entendi o porquê daquela realidade paralela, entendi o porque de toda aquela realidade criada na última temporada, mas não entendi o porquê de nada de todo o restante da série.

Querendo ou não, Lost veio pra ficar. Lost veio para gerar dinheiro e inovar a história da TV, pois foi uma série que foi muito além da TV, foi uma série que inundou a internet, que se misturou nos nossos sonhos durante a noite, e lembro-me bem que aos 14 anos de idade fiz até uma passagem com meu nome, reservei a poltrona pelo site, e me sentei logo ao lado do Sawyer. (:D) Lost viveu conosco durante esses 6 anos, quando parávamos para conversar sobre Lost sabíamos que sempre veríamos algo que não havíamos visto antes. Sempre haveria algo novo para compartilhar.

Na realidade, a Ilha é o que quisermos que ela seja. Jhon Locke sabia o que era a ilha, mas ele morreu antes de revelar isso aos telespectadores. Daniel Faraday chegou muito perto de desvendar o que era a Ilha. Mas partiu sem nos revelar nada.

Portanto, como Daniel e Locke não existem mais... a Ilha é apenas aquela Ilha no meio do nada, que muda de lugar quando quer, que muda de tempo quando quer, que conhece cada pessoa que ali caiu, que usa números misteriosos para unir as pessoas.
A Ilha é simplesmente uma ilha. Ela é real. Ela jamais morrerá. E talvez, algum dia, alguém irá descobrir o que ela é, realmente. Talvez em fração de um nanosegundo antes da morte.

Confesso que me decepcionei com o final de Lost, mas confesso que vivi Lost e isso foi muito legal. Mistério nos instiga, mistério cutuca nossa curiosidade, nos leva a pensar mais, a pesquisar mais, a estudar mais. Mistério é a maior paixão do homem, mesmo ele não sabendo disso.

E talvez seja o tempo de entendermos que o mistério é o que nos faz ir além. Mover.

Só tenho uma dica para quem nunca assistiu Lost: Não assista Lost esperando respostas. Apenas assista.

Tenho que admitir, Lost foi uma criação sensacional, com o desfecho que poderia ter sido muito, mas muito mais... Mas não deixou de ser Lost. Cheio de mistérios sem respostas e deduções prodigiosas.





P.s: O mais legal é saber que ninguém errou nem acertou nas teorias. Foram 6 anos discutindo TODAS as teorias do MUNDO, e nenhuma delas estava certa. Pelo menos ninguém saiu perdendo. :D

Beijinhos e:
I see you in another life, brotha!

:*

5/29/2010


E o mistério continua:
-Afinal de contas, o que é a Ilha?